sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Beltane



Hoje Lilith quer dar o ar da graça...
Rituais para fecundação...
Pactos celebrados para mais um ano de compromisso.

Ansiedade
Lavanda, Melissa, Macela, Gengibre.
Lua Nova, cheiro de renovar, escura.

FELIZ ANO NOVO

Paz na terra às mulheres de boa vontade.

Pular em volta da fogueira...
Não brinque de pedidos...

'Peças e obterás'.

Incenso, chuva, ventos
e o povo da montanha vem nos saldar...

é dia, é dia, é dia de querer...
então?

Cuidado
'peças e obterás'
FELIZ ANO NOVO...

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Talvez.Tenha sido, apenas, um sonho em Atenas

Ahhh!! Foi sonho?
Como numa noite de verão
em que Hérnia perdera seu amor Lisandro no bosque aos arredores de Atenas.
Mas, veio Oberon rei dos Elfos e consertou o que o atrapalhado Punk causou...
Ahhh! Foi sonho?
Titânia rainhas das fadas ter se apaixonado por um asno?
Mas no fim... todos abençoados pelo rei dos Elfos e a rainha das Fadas.
Despertaram de um sonho de uma noite de verão,
que Sir Willian nos abençõe a imaginação latente de nossas almas.
Então?
Foi sonho?
De uma noite de verão...

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Manuel Bandeira

Poética

Estou farto do lirismo comedido
Do lirismo bem comportado
Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente
protocolo e manifestações de apreço ao Sr. diretor.
Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionário
o cunho vernáculo de um vocábulo.
Abaixo os puristas
Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais
Todas as construções sobretudo as sintaxes de exceção
Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis
Estou farto do lirismo namorador
Político
Raquítico
Sifilítico
De todo lirismo que capitula ao que quer que seja
fora de si mesmo
De resto não é lirismo
Será contabilidade tabela de co-senos secretário do amante
exemplar com cem modelos de cartas e as diferentes
maneiras de agradar às mulheres, etc
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare


— Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Utopia

A vida foge por entre os dedos,
como areia fofa , que tentas agarrar.


A brisa leve, molha meu rosto,
como quem quer ficar.


Meus olhos pousam, os seus repousados.

Magia,
projeção,
simbologia,
atenção.


:e uma gélida paz me toma de assombro.

Como quem, em um baile de máscaras,
se apaixona por Pierrot.


A baila da vida, areia fofa entre os dedos.

Um vento torpe,
uma indigestão contida.


Náusea!!
Ansiedade,
humor,
letargia.


:preguiça em saber, se você ai está.

Nas tempestades em que a bonança é um desejo,
como quem contém a vida na sua utopia.