sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Ravel

Sem asas voei.
Achei que fosse sonho,
e de repente eu o vi.
Você me vigiava!
Animus, pensei.
Sua mão pousou na minha,
levou-me para um lugar paradisíaco.
Já estive lá antes.
As flores alaranjadas falavam de amor.
As aves soltas e belas nos olhavam aos olhos
Sentia o seu pensar.
Árvores dançavam,
meu cardíaco em pétalas loteadas
girava ao som das folhas ao vento.
Você me disse que aquilo tudo era o Todo.
E que podíamos voltar lá, se quiséssemos.
Olhei seus olhos e haviam águas,
Não apenas prantos,
mas, muito mais que uma simples água.
Era uma parte de mim,

que absorvida por você,
fazia de nossas histórias únicas.
Percebi que nesse momento tudo era o Todo,
um só.
E bailando em um bolero de Ravel.
Despertei.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Amor e Alma



Porquê se esconde atrás de uma máscara?
Porquê o escuro Eros?
Vives a voar
mas, está sem Psique.
Porquê o escuro Eros?
Amor deixe que a Alma te encontre.
Acenda à sua luz
E não ande mais sozinho.
Sem Alma o Amor não vive.
Deixe Psique lhe ver,
Afinal você já se apaixonou pela sua beleza.
Por isso a prendeu em seu castelo.
Mas, Psique com Alma curiosa,
não ficará a sua mercê.