sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Ravel

Sem asas voei.
Achei que fosse sonho,
e de repente eu o vi.
Você me vigiava!
Animus, pensei.
Sua mão pousou na minha,
levou-me para um lugar paradisíaco.
Já estive lá antes.
As flores alaranjadas falavam de amor.
As aves soltas e belas nos olhavam aos olhos
Sentia o seu pensar.
Árvores dançavam,
meu cardíaco em pétalas loteadas
girava ao som das folhas ao vento.
Você me disse que aquilo tudo era o Todo.
E que podíamos voltar lá, se quiséssemos.
Olhei seus olhos e haviam águas,
Não apenas prantos,
mas, muito mais que uma simples água.
Era uma parte de mim,

que absorvida por você,
fazia de nossas histórias únicas.
Percebi que nesse momento tudo era o Todo,
um só.
E bailando em um bolero de Ravel.
Despertei.

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