quinta-feira, 7 de maio de 2009

Inverno em estação

É agora que a vida surge,
em pequenos pecados cometidos


:beijos de língua molhada e quente;
pele na pele;


fluídos enlaçados...
vida vivida em sonho de junho,
numa estação de repouso,
numa estação de metrô.


Um beijo, cometido aos avessos.
No avesso de uma vida molhada e quente
aconchego, me apego, me deleito.


Cheiro de frio, congela as narinas.
E posso repousar no repouso de uma semente.
O atraso, não mais me assusta.
Apenas me atenta.
Atenta aos sentidos que o frio me traz
na lembrança que estava esquecida, dormida


:numa estação de repouso,
numa estação de metrô.

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