segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Quase poema para um anjo(safado)

Estava perto de um abismo, colhendo uma flor, como Stendhal.

Tive medo de me jogar, queria algo seguro,
mas como diz Osho a insegurança é o legal da vida.

Então me joguei...

Em aflição fiz uma prece contida
e nos braços de um anjo pousei.

Anjo safado , estava ali parado sem prestar atenção
me abraçou.
Seus lábios passaram pelo meu rosto
eu senti seu hálito angélico

e parei estupefata em seus olhos de flor.
Pele macia, cabelos perfeitos, tato marcante.

Me agitei para me livrar,
com medo do que meus olhos podiam delatar.

Anjo safado me apertou contra seu peito
e disse ' se aquiete eu já te aparei'.

Cínica o fitei e pedi que se afastasse,
mas anjo safado queria um beijo molhado.

Esqueci as convenções angelicais,
olhei seus olhos e me entreguei num beijo
lascivo, com um gostinho de promiscuidade
ouvi harpas, pianos e uma trombeta de arcanjo.Uiii,
estava em outra sintonia, quase criei asas.

Voei mesmo assim,
nas asas de um anjo descuidado que (quase)cuidou de mim... rsrs :-P

2 comentários:

  1. Tudo pode ser convencionalismos que a sociedade pseudo-moralista prega frente aos holofotes. Mas no silêncio da luz, somos todos carentes de vivências sem paradoxos. No seu caso é um anjo. E que seja um anjo do tamanho das suas intenções.
    Beijo Grande!

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