segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Absinto

Um grande amor vai à minha alma

Mas, em amar o amor é meu,
só eu o sinto, ele não vive em outro,
vive em mim.

Ele as vezes escapa do meu coração
e vai até as profundezas de outras almas
e acabo por livrá-las de uma imensa solidão.

Convido-lhe alma errante a dividir comigo
assim,
derramo-lhe meu amor em seu coração solitário.

Não faça prisão de sua alma,
não a economize,
nem viva de outono.

E como vento que sopra na tarde fria desta estação
eu vivo como se estivesse sempre em verões
ardentes de paixões, que só depois se acalmam.

Clamo por mais um anjo caído.

Me fecho em minhas poesias.

Não brinco de amar, apenas amo.

Mas, em amar o amor é meu, só meu.

Um comentário:

  1. "vivo como se estivesse sempre em verões", belo belo isso, moça. Emily Dickinson não faria melhor. Ad. vc no meu Skype e, a propósito, estréio nas letras este ano com meu livro de poemas, uma "Salutz". Faria gosto de vê-la no lançamento, quiçá me novembro or decembro. Bjs.

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