terça-feira, 29 de julho de 2008

Doce/Amargo

Um dia desses eu estava chupando uma lima da pérsia. O aroma dela é muito perfumado, a cor é muito bonita, quando você morde aqueles gominhos explodem na sua boca fazendo com que o suco se espalhe, ai veio o paladar, e infelizmente ela estava amarga, havia um docinho no seu gosto,mas predominava o amargo. Era um doce/amargo. Começava doce e terminava amargo, mesmo assim continuava comendo aquela fruta, para sentir mais uma vez o doce, e no final ficar amargo, a boca amarga pedia mais uma vez que eu mordesse, chupasse a fruta para amenizá-la e depois de novo amargar. E me peguei pensando o porquê de eu estar querendo mais uma vez sentir aquele amargo, se o que eu gostava era o doce, mas eles estavam juntos, o doce com o amargo, não dava para separar.
Quantos amargos na nossa vida temos que aceitar mesmo não querendo.
Por resignação?
Por falta de opção?
Por estar junto: doce/amargo.
Ou mesmo pela circunstância que está inserido naquele momento.
E quando terminei com aquela fruta ainda sentia o doce na boca, mas o que predominava era o amargo.
No outro dia peguei outra lima para comer, e ela não estava amarga, estava doce. E pensei: nem sempre o padrão se repete.
Ainda bem.

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