Acordei no meio na noite e você parado à minha frente observava, tinha os olhos mareados e no coração havia um cadeado. Pegou suavemente nas minhas mãos, beijou as costas de uma delas num ato de cavalheirismo, me conduziu numa valsa de Strauss, nos cabelos um penteado com gel e a barba muito bem aparada e na elegância de um traje de uma farda de capitão de um navio.
Dançávamos uma valsa, meu vestido roçava no chão, vi cair um cacho de meus cabelos dourados em meu colo que aparecia em um decote bem feito num vestido azul marinho de veludo.
Rodávamos feito crianças no parque pelo salão com o piso emadeirado brilhante; a sinfônica aguardava a finalização do maestro empolgado com melodia e podíamos sentir e energia daquele lugar.
Mesas luxuosas circulavam a pista de dança todas com pesadíssimas toalhas de veludo vermelho e ouvíamos murmurinho da felicidade e o tilintar das taças de champanhe brindando à vida.
Enfim o maestro finaliza a energizante valsa, você carinhosamente me beija a fronte e me conduz a mesa.
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